sábado, 20 de julho de 2013

Que luta queremos lutar?

Quando passa o tempo, estudiosos da humanidade definem períodos e traçam suas características... certamente uma das características que será definida para este momento da História é o individualismo exacerbado.
Então, fica a dúvida. Que luta queremos lutar?
Pessoas, que não ouso rotular, foram às ruas em junho no Brasil em tese por serviços públicos de qualidade - saúde, educação e principalmente transporte -, não é por 20 centavos foi o principal slogan das mobilizações.
A rejeição à qualquer liderança foi uma marca das mobilizações de rua de junho e, muito além da crise sindical, que efetivamente existe, a motivação da rejeição provavelmente é o próprio perfil individualista.
O que chamamos de sociedade civil organizada talvez não tenha a capacidade de dialogar com o individualismo, que se consolida como principal característica do mundo atual.
Deve ser o fim um ciclo. Para os mais otimistas o fim do capitalismo. Para mim pode ser o fim da estrutura de relações humanas e sociais no formato que conhecemos e talvez um novo fôlego para o capitalismo. 
O fato é que não há um coletivo apresentado nas pautas, nos discursos, uma luta que una trabalhadores e juventude. Cada um com sua própria bandeira, de forma legítima, tenta convencer que ela deve ser a prioridade, daí temos umas mil prioridades e nenhum foco.
E agora estamos convivendo a caricatura do capitalismo, que é esse individualismo exacerbado. 

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