sábado, 23 de setembro de 2017

Sorvete



Hoje é o Dia Nacional do Sorvete, essa delícia que faz parte de toda a minha vida.

Pequena, minha mãe me levava na Kibon da rua do Distrital para tomar Sunday aos sábados. Ali inventei que um dia eu teria uma sorveteria de tanto que gostava…

Teve o sorvete do “prédio”, no Cruzeiro, que não era lá muito bom, mas valia o passeio e o desafio de tomar a taça gigante.

O que é a Palato? Foi lá que ensinei meus filhos a serem chatos. Passeio certo com o Lucas e mais de uma década depois com o Pedro, mantendo a tradição da família.

Saborella nunca foi muito presente na minha vida, mas reconheço que por muitos anos foi o melhor sorvete da cidade. Tem a Mesclattino, que é do Beirute, tem a Sorbê, que valoriza o cerrado deliciosamente, e algumas outras que abriram e fecharam, mas que garantiram o sorvete nosso de cada dia, né…

Para tomar taça na Häagen-Dazs do Park Shopping tem de ir lá fora conseguir sinal no celular para usar a promoção do Mastercard.

Teve a aventura mal sucedida da Sorveteria Pingo, de Maragogi… tem o Caicó. Sorvete combina com viagem mesmo.

Agora estou numa fase Bacio di Latte, mas sem deixar de experimentar todas as novidades que aparecem pela cidade, como a divertida Stonia.

Numa viagem a São Paulo, com Lucas e Pedro, conheci a Bacio di Latte. Apaixonamos. Quase morri de felicidade quando vi a informação no Park Shopping de que ali teria uma Bacio. Agora aqui pertinho de casa, no Terraço, tem um quiosque, que infelizmente não tem no cardápio o São Tomé e Príncipe, meu favorito.


quarta-feira, 19 de abril de 2017

ARRASA


(por Ana Paula Cusinato)

arrasa,
ar, rasa, arrasa, arrasa a dor, arrasador, ah
ar
rasa
arrasa a dor
arrador
ah
rasga
ranha
manha
ar
ranha
arranha
artimanha
me assanha
assa
devassa
deva assa
devassador
há dor
ardor
amor
posso improviso


sexta-feira, 14 de abril de 2017

CANTO DE AMOR



(Por Ana Paula Cusinato)

Para que assim conheçam a razão do meu canto.
(Neruda, LXXXIX)

Ouço Beethoven e estou Burana
Nada importa.
A sonata escolhida
A Profana sentida
Vivo assim
Assim vivo você.

Saudade quase prazerosa
dada a certeza da eternidade
do efêmero amor.

Desejo sua boca
Seu sangue, seu sêmen
Essência de minha e sua vida
realizada em meu ventre.

Ouço o som do seu prazer
e danço.
Danço a dança cabal e exata
Alma, corpo, pensamento
sob e sobre sua alma, corpo e pensamento
Em espasmos deíficos...
“Nos acessos mútuos e comuns gemidos.”[1]




[1] Cruz e Sousa, Piedosa